sábado, 2 de fevereiro de 2008

CASTRAR OU NÃO CASTRAR?


Uma das decisões mais difíceis que já tomei foi a de esterilizar minha cachorrinha, que sempre foi tratada cheia de mimos. Eu era contra a castração, por falta de informação sobre o assunto, pois considerava a cirurgia uma espécie de mutilação.
A maioria dos veterinários é a favor, e afirmam que o procedimento previne doenças como câncer e infeções, e que animais castrados vivem mais. Além disso, o maior objetivo é evitar a procriação, que sempre resulta em mais cães abandonados, o que me fez mudar de idéia, já que não há nada mais triste do que a imagem de um animal sozinho, abandonado e passando fome nas ruas.
No entanto, há profissionais que acham a cirurgia desnecessária. Em quem acreditar? Ela já não é jovem, tem 6 anos, o que equivale a uma quarentona, ou uma jovem senhora, e qualquer cirurgia implica riscos, principalmente quando a idade é avançada. Mas como diz um provérbio chinês, “delibere muitas vezes, decida uma vez”, e depois de pensar muito, a decisão veio de repente. E um dos fatores essenciais para a minha decisão foi a intuição, aquela sensação de estar fazendo a coisa certa.

A cirurgia foi um sucesso e toda a preocupação foi embora. O processo durou menos de quinze minutos, e o mais demorado é a recuperação, que leva por volta de uma semana. Todos dizem que o animal não sente dor, mas eu não acreditei, você acreditaria que uma cirurgia em que são arrancadas algumas partes do corpo não vai doer depois que passar a anestesia? Fizemos o veterinário prometer que ela não sentiria dor, então foi aplicada uma injeção de analgésico e realmente ela não sentiu nenhuma dor depois que acordou. Mesmo assim, se o animal sentir alguma dor, recomendo consultar o veterinário sobre dar algumas gotas de dipirona, ele vai orientar sobre isso.

Ela não dormiu a noite inteira com enjôos devido aos medicamentos e talvez por causa do jejum de água e comida, feito 12 horas antes da cirurgia. Para quem consegue fazer seu cachorrinho tomar remédio, isso não seria um problema, já que algumas gotas de plasil resolveriam tudo. No meu caso, passei a noite limpando o chão. E tem também a sede, que é voraz depois da cirurgia, ela queria tomar água o tempo todo e era preciso evitar que exagerasse.

Depois disso, é só controlar a comida, já que a tendência é o animal engordar depois da esterilização.

Como deu tudo certo, decidi fazer a cirurgia também no meu outro cachorrinho, apesar de sentir pena e achar uma agressão. Enfim, cabe aqui a frase “é um mal necessário”. Se tudo for feito com cuidado e principalmente a atenção necessária após a cirurgia, tudo dará certo e ele não vai sofrer. Além disso, evitando a procriação, você evitará o aumento da população de animais abandonados nas ruas.